Sopa de Letrinhas...

Simplesmente poemas e poesias, minhas, simples, mas sinceras... ou nem tanto assim... (os desenhos aqui contidos tb são meus)

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2006

Um segundo

De repente vejo o céu despencar sobre minha cabeça.
Não sinto mais meus pés no chão.
Tudo parece estar estranho.
Minhas pernas tremem, meu coração está disparado.
Meus olhos se banham em lágrimas.
O dia começa a escurecer.
O frio da noite agora é meu manto.
Meu calor pede seu calor.
Ver-te é como uma estaca fincada em meu coração.
Amor, como você está longe. Distante de meu toque,
Distante de meu amor.
Peço ter-te aqui.
É só o que desejo neste momento.
Sempre vejo-te em meus sonhos.
Na minha mente seu rosto e sua voz ainda habitam.
Venha comigo nessa noite chuvosa.
Segure-me firme,
Prenda-me em seus braços.
Aqueça-me com seu calor.
Beije-me e faça-me feliz.
Mude seu nome, pois é ele que me faz infeliz.
Preciso de você esta noite.
Para toda a vida.
Deixe-me mostrar como é o amor.
Como tocar.
Vamos viajar nas estrelas em noites maravilhosas.
Vamos gozar de nossa juventude.
Esteja comigo.
Seja meu amigo, meu amado inimigo.
Se bem digo que te odeio,
É por não poder dizer que te amo.
Há um muro que nos separa.
Algo que não consigo ultrapassar, destruir.
Amo-te em silêncio. No escuro. Num mar de solidão.
Odeio-te por ser quem é.
Por não ser outro alguém.
Tenho-te em meus sonhos,
Só neles posso tocar-te, ver-te, pertencer-te.
Uma distância nos separa.
Mas um dia hei de chegar lá.
Gritarei o que já faz parte de mim, mas que precisa se libertar.
Já não precisarei esconder.
E terei-te, sim, aqui, junto a mim.
Como amigo, ou amante.
Seguindo amando-te. Até quando não sei.
Mas fazendo-te feliz a cada segundo.
E sentindo-me feliz, por amar você.

Idílico

Se eu fosse capaz de definir o que sinto,
Dizer em palavras o quanto te quero.
Seria como ouvir uma linda sinfonia.
Se eu pudesse traduzir em gestos
O sentimento que guardo em meu peito,
Seria como o bailar dos passáros no céu.
Se a cada vez que pensasse em você
Acendesse o brilho em meus olhos,
Eles seriam mais ofuscates que dois diamantes postos ao sol.
Se a cada vez que me sentisse triste por te amar,
Uma gota d´água caísse do céu,
Dia e noite seriam tempestuosos.
Se em cada rosto que eu olhasse,
Eu encontrasse um pedaço e uma qualidade
Que vejo em você,
O mundo só não seria o bastante.
Se a cada vez que eu tentasse te olhar nos olhos,
Você não tivesse medo e não desviasse os seus,
Nem a mais simples destas ações seria necessária, pois,
Um simples olhar sincero,
Conteria todas as palavras, gestos e ações,
Necessárias para demonstrar o quão
Sincero e idílico é o meu amor por você.


P.S.: Esse poema foi escrito há exatos 2 anos atrás.

domingo, 5 de fevereiro de 2006

O amor a meu ver

Caso não consiga entender o que eu digo,
Deixo então algumas linhas que lhe dirão.
Talvez não consiga entender o que meus olhos querem dizer.
Ou quem sabe não entenda o que meus lábios desejam e tentam mostrar.
Às vezes os olhos não vêm coisas
Que a mente não quer aceitar,
Mas o coração briga, bate e tenta julgar.
O corpo treme, aquece,
Quando a mente deixa a desejar.
Sente-se como a poeira que se deixa levar pelo vento,
Num deserto à beira-mar.
Onde o frio e o calor fazem parte de um só lugar.
Onde a lucidez e a loucura
Nos fazem acreditar que um dia vai mudar.
Quando a luz e a escuridão
Formam um maravilhoso arco-íris,
Com suas cores que enfeitiçam,
Enlouquecem, alucinam.
Esse coração que insiste em chorar.
Que mesmo à frente de tamanha formosura
Só quer bater por um mesmo olhar,
Um único sorriso.
Por uma única sinfonia.
E nessas linhas que lhe digo
O que para mim, é amar.

Programados

Fazendo de conta que nada mais existe,
Que nada mais importa.
Que os dias deixaram de passar.
Que a cada nova mente que encontramos
É mais uma alma vaga e vazia.
Mais um corpo que chora.
Mais um distúrbio lamentado
Num mar de superiores,
De senhores de um mundo perfeito.
Um infinito construído em vias de cobre
E pulmões de amargura, ódio e dor.
Da esperança de quem sabe que o novo dia jamais virá.
Que o amanhã, realmente não existe.
Vamos sair daqui.
Me dê a mão se quer viver.
Me ensine a ser intacto, inatingível
E mostro-te como se esconder.
Como não se ferir e não se deixar fascinar
Com um mundo ilusório
Onde inimigos,
São seus únicos amigos.