Sopa de Letrinhas...

Simplesmente poemas e poesias, minhas, simples, mas sinceras... ou nem tanto assim... (os desenhos aqui contidos tb são meus)

sexta-feira, 14 de abril de 2006

Ainda que...

Ainda que me restasse apenas um segundo, eu pensaria em você.
Ainda que o mundo se pusesse contra mim, eu desejaria ter você.
Ainda que eu tivesse que deixar tudo para trás, eu iria com você.
Ainda que não fosse o que és pra mim, eu amaria você.
Além da distância, além desse vazio que agora insiste em nos separar, há, sei que há, algo ainda maior e intransponível que irá, de algum modo fazer com que o mundo seja pequeno e à mesma proporção, grande demais para fazer com que a nossa felicidade em estar juntos, em mente ou no coração, seja para sempre esquecida e se torne um pergaminho de mais um amor que passou, deixou saudade e nunca mais voltou.

segunda-feira, 3 de abril de 2006

Sempre você

É impressionante a forma e a intensidade que as coisas, as pessoas e as nossas atitudes vão sendo modificadas com o tempo, com certas experiências pelas quais passamos no decorrer da nossa vida.
Há alguns anos eu sentia uma facilidade enorme de me relacionar com as pessoas, eu acreditava fielmente que todos eram dignos de terem minha companhia.
Não que eu seja a melhor companhia que se pode ter.
Que pretensão seria a minha em dizer isso.
Porém, as coisas mudam não é mesmo?
E para mim, não foi diferente.
Mas infelizmente essas mudanças nem sempre nos trazem revelações prazerosas ou situações das quais temos orgulho de serem lembradas.
Não digo que eu seja dotada de uma vasta experiência, pois a vida ainda me é curta.
Mas foi nesse pouco tempo que se passou que tenho avaliado as pessoas que na minha vida têm deixado lembranças.
E avaliando o que posso dizer?
Na verdade, não muito.
Foram todos em sua maioria tão fúteis!
E como tudo isso me modificou!
Há tanto tempo tenho sido tão rude, tão intocável.
E para que?
Para no fundo me tornar uma pessoa tão desprezível quanto eles foram, e muitos continuam sendo?
Para ser incapaz de amar uma pessoa tão maravilhosa, tão perfeita em todos os detalhes?
Para não conseguir demonstrar, dizer ou sentir aquilo que mais quero abrigar em meu peito?
Claramente eu posso sentir que te amo, mas o que isso importa se a razão teima em insistir, em brigar e sempre derrubar, apagar o que sinto?
Ah, como queria te amar por inteiro, te tocar da maneira que fazem os amantes.
E poder dizer, com toda a sinceridade e total confiança no que sinto, que é a você quem todas as noites chamo.
Que é a você quem amo.
E foi você o responsável por me fazer compreender que mesmo em meio de tantos tão iguais, existem tantos tão diferentes como você.



P.S.: Isso começou como uma maneira de desabafar algumas coisas que estavam me deixando pra baixo, mas no fim acabou soando como um poema e é o que ele se tornou no final das contas.